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E, a Magia de Ahmed propagou-se ...

Depois de ouvir a história escrita por jovens autores da Escola Básica José Manuel Durão Barroso em Armamar, os alunos foram incentivados e desafiados a escrever sobre atos solidários. Aqui ficam dois dos textos escritos por alunos das Escolas Básicas Maria Lucília Moita e Pego. A imaginação andou à solta. Parabéns.

EU SOU SOLIDÁRIA…

Certo dia uma menina chamada Érica muito curiosa, mas muito má, fazia disparates e não ouvia os pais a chamarem-lhe à atenção.

Na aldeia onde morava havia uma casa que era habitada por um homem sombrio, pelo menos era o que diziam os seus vizinhos. Érica, que era curiosa, também pensou que era forte. Perguntou sobre o tal homem e descobriu que ele se chamava António.

A Érica tinha muitas amigas, por isso pediu-lhes para irem com ela a casa do Sr. António. Numa tarde percorreram toda a aldeia e quando chegaram a casa do Sr, António descobriram que ela parecia assombrada. Assustadas, mas curiosas, pegaram em paus e entraram. Ficaram espantadas porque a casa era linda! Caminharam até que chegaram à sala. Elas esconderam-se porque o Sr. António vinha lá, ele tinha ouvido ruídos… A Érica mandou a sua amiga pôr um pau ao pé da porta e ela assim o fez. Quando o Sr. António ia a sair, tropeçou e quase caiu. Nesse momento Érica percebeu que estava a ser má, amparou e segurou o Sr. António. Olhou-o nos olhos que brilhavam e percebeu que o Sr. António era feio por fora mas lindo por dentro, tal como a sua casa, que parecia assombrada por fora mas muito bonita por dentro.

As amigas perguntaram à Érica, vezes sem conta, por que razão tinha ela salvo o Sr. António. Ela explicou-lhes que ela e o Sr. António tinham algo em comum, pois ela também não era má. Ela, no fundo, queria ser mais solidária com os idosos e com as crianças, queria ouvir mais os seus pais e por que não ajudar o Sr. António, embora essa não fosse tarefa fácil.

Érica quis mostrar a aldeia ao Sr. António, pois ele nunca a tinha visto porque todos tinham medo dele. A Érica foi de porta em porta para apresentar o Sr. António às pessoas. Queria dizer a todos que afinal ele era bom, mas ninguém abriu a porta. Insistiram e andaram pela aldeia até que uma pessoa importante abriu a porta e também ele reparou nos olhos brilhantes e bondosos do Sr. António. Como era presidente da aldeia pegou num megafone e reuniu a população para que todos pudessem conhecer o Sr. António. Nesse momento, todos concordaram em unir esforços e pintar a casa do Sr. António, porque por fora ela parecia assombrada e assustadora. A partir deste dia todas as pessoas ficaram amigas do Sr. António e a Érica será para sempre solidária.

4ºANO, ESCOLA BÁSICA do PEGO


NO DIA EM QUE EU FUI SOLIDÁRIA

Eu ainda tinha oito anos quando imensas pessoas chegaram a Portugal. Muitas delas ficaram em Santarém, pois não queriam ficar na zona litoral e era lá que eu morava num prédio muito alto.

- Não vás para ao pé do Michael e da Wendy, eles vêm de um país muito mau! – diziam as pessoas sempre que me viam a atentar aproximar-me da família Harper.

Mas eu e as minhas melhores amigas, a Katherine e a Carla, não achávamos bem ao ver o Michael e a Wendy sozinhos no centro do recreio e decidimos convocar uma reunião de turma atrás da escola.

- Eu acho que eles têm um plano para nos apanharem! – Gritavam uns.

- Pois eu não! Eu acho que eles estão muito tristes por não brincarmos com eles. – Dizia eu, que estava sentada na poltrona real com o martelo na não. Nós devemos fazer algo … John vai buscar trinta e oito cartolinas. Charlie vai buscar muitos marcadores, Ema vai buscar papel de lustro e Richard arranja paus.

- Sim senhora! – Disseram John, Charles, Ema e Richard em coro ao mesmo tempo e começaram a correr.

Assim que regressaram, começámos todos a trabalhar. Fizeram cartazes a dizer: NÃO LHES LIGUES, VEM BRINCAR CONNOSCO, NÓS QUEREMOS SER VOSSOS AMIGOS, e muito mais…

No outro dia de manhã, o Michael não respondeu a uma pergunta que a professora lhe fez e o José levantou o cartaz que dizia NÃO LHES LIGUES. E logo a seguir tocou para intervalo. No intervalo todos levaram os cartazes. Houve um que gritou mais alto: O MICHAEL E A WENDY NÃO FAZEM MAL, ELES SÃO AMIGOS! As auxiliares, as professoras e até a diretora ficaram espantadas. E o Michael perguntou:

- Querem ser nossos amigos? Há muito tempo que desejávamos isto!

- Pois agradeçam à Maria foi ela que nos disse este plano e foi ela que o fez.

- Obrigada. – Disseram eles. Eu senti-me muito feliz!

E assim foi o meu dia solidário.

4ºANO, ESCOLA BÁSICA MARIA LUCÍLIA MOITA

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